Clusia criuva Cambess. subesp. criuva

                   Criúva

Em construção

 

Árvore (no centro da foto) em floresta ribeirinha. Uberlândia (MG)

Superfície do ritidoma. Uberlândia (MG)

Folhas e botões florais. Uberlândia (MG)

Flor masculina. Uberlândia (MG)

Flor feminina. Uberlândia (MG)

Frutos imaturos. Uberlândia (MG)

LITERATURA
ALKIMIM, W.O.; MELO, J.I.M. & BITTRICH, W. 2011. Clusiaceae. In: CAVALCANTI, T.B. & SILVA, A.P. (orgs.) Flora do Distrito Federal, Brasil. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, v.9, p.69-96.
CARMO, R.M. & FRANCESCHINELLI, E.V. 2002. Polinização e biologia floral de Clusia arrudae Planchon & Triana (Clusiaceae) na Serra da Calçada, município de Brumadinho, MG. Revista Brasileira de Botânica v.25, n.3, p.351-360
CORREIA, M.C.R. et al. Estudo da biologia floral de Clusia criuva Camb. – um caso de mimetismo. Bradea, v.6, n.24, p.209-219, 1993.
Nascimento Jr, J.E.; Alencar, A.C. Clusia in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB28292>. Acesso em: 23 fev. 2023.

 

Rascunho:

Árvore esciófila ou heliófila, até 5m de altura; látex branco. Tronco reto, geralmente curto, frequentemente com raízes adventíciase e pequenas sapopemas; até 12cm de DAP. Casca moderadamente espessa; ritidoma cinzento ou pardacento, íntegro ou esparsamente dividido, com algumas verrugas e colônias brancacentas de liquens; casca viva rosada. Madeira moderadamente pesada; cerne brancacento a cinzento. Copa subglobosa, geralmente larga. Râmulos opostos, glabros, esverdeados no ápice. Folhas opostas cruzadas, glabras; pecíolo avermelhado, com 5-20mm de compr.; lâmina discolor, espessa e tendendo a suculenta, coriácea, com pontuações translúcidas, geralmente obovada, com 5-12 x 4-7cm, base cuneada, ápice arredondado a obtuso, margem revoluta, nervura principal saliente na face inferior, nervuras secundárias finas, imersas no mesofilo ou levemente salientes. Inflorescência compacta, com raque curta (2-4cm) e com 4-9 flores; brácteas e bractéolas côncavas, com 2mm de compr. Flores com 2-3cm de diâm.; pedicelos 8-15mm de compr.; cálice com 4 sépalas coriáceas a cartáceas; pétalas brancas, carnosas; órgãos reprodutores amarelo-claros; flores masculinas resiníferas, com numerosos estames ao redor de um pistilódio provido de 5 estigmas terminais, e também com diversos estaminódios;  flores femininas com 5 estaminódios, ovário arredondado e 5 estígmas sésseis. Frutos (sub)globosos, glabros, resiníferos quando, amarelados, amarelados na maturação, com 1,5-2,5cm de diâm. e com vestígios dos estigmas no ápice. Sementes alongadas, com 4-5 x 2-3mm; arilo amarelado ou rosado.

Brasil, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Goiás e no Distrito Federal; aparentemente também no estado do Tocantins. Habita florestas ombrófilas e florestas-galerias. Ocorre em quase toda a Região Geoeconômica de Brasília, em florestas-galerias paludosas e em barrancos de córregos e rios. É mais frequente no Distrito Federal e municípios vizinhos.

Perde e adquire folhas durante todo o ano. Floresce no período de outubro a janeiro e eventualmente em outros meses do ano. Foi registrada com frutos maduros entre maio e julho.

O estudo de Correia et al. (1993) levou a constatação de que as flores de C. criuva são frequentadas por besouros e abelhas silvestres, mas que os primeiros são os seus mais importantes polinizadores. As sementes são dispersas por pássaros que se alimentam de arilo.

1) Madeira: esporadicamente usada em construção de cercados e como lenha, apesar de possuir baixo poder calorífico. 2) Flores: fonte de recursos para insetos. 3) Frutos: fonte de alimento para pássaros. 4) Espécie: arborização urbana e rural; recomposição de áreas alteradas em florestas-galerias associadas a solos úmidos.

Nota: C. criuva, assim como C. burchellii, possui folhagem e flores decorativas. Alguns viveiristas já produzem mudas para comercialização, embora em escala ainda incipiente.

Retirar sementes de frutos abertos ou em vias de se abirem. Colocá-las em uma peneira de malha fina, lavá-las com água corrente e secá-las à sombra. Distribuí-las em canteiros preparados com terra argilo-arenosa misturada com esterco curtido na proporção de 2:1. Manter os canteiros sob sombreamento parcial e sempre úmidos. Transferir as plântulas com 3-4cm de altura para recipientes com 20 x 15cm, contendo o mesmo tipo de substrato. Plantar as mudas em áreas ensolaradas ou parcialmente sombreadas que, preferencialmente, tenham solos similares aos dos seus habitats.

Nota: C. criuva vem sendo propagada também por via vegetativa, pelo método descrito  para C. burchellii.

C. criuva tem distribuição bastante ampla na Região Geoeconômica de Brasília, ocorre em áreas de preservação permanente (florestas-galerias) e conta com populações em várias unidades de conservação de proteção integral nessa região.

Bittrich (2012) relaciona duas subespécies para C. criuva: a típica (criuva) e a parviflora Vesque, apontando esta última apenas para o domínio da Mata Atlântica nas regiões Sul e Sudeste.

 

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